|
| |
| |
 |
| |
| DR. ARNOLD ENCOMENDERO DÁVALOS |
Para um jovem que acredita em Deus e ama a paz, não é fácil compreender porque as velhas gerações não puderam definir e aplicar as Políticas e estratégias de desenvolvimento que tiveram impedido nos deixar, até o final do Primeiro Milênio, um legado humana e social indigno, injusto e lapidário: Mil duzentos milhões de pessoas subsistem com menos de 2 dólares por dia. Oitocentos milhões sofrem de desnutrição. Cento cinquenta três milhões de meninas menores de 5 anos tem peso insuficiente. Sessenta três milhões de meninos e cento catorze milhões de crianças em idade escolar primaria ainda não têm sido ainda matriculados na escola. Onze milhões de crianças menores de 5 anos morrem por ano no mundo todo. Médio milhão de mulheres morre no mundo ao dar à luz ou devido a complicações da gravidez, uma por minuto. O HIV/AIDS está aumentando rapidamente. Dois mil quatrocentos milhões de pessoas não têm acesso a melhores serviços de saneamento. Embora disso, os países ricos ainda não têm cumprido com os compromissos assumidos de incrementar a ajuda ao desenvolvimento económico com Inclusão Social em tanto que a dívida dos países pobres, asfixiada por outra crise financeira global, cada vez é mais impagável e agora é impossível ter uma coexistência pacifica, digna de uma humanidade civilizada.
Ao respeito e preocupado pela realidade humana dos jovens, o Secretario Geral da ONU, BAN-KI-MOON, diz: “Se no 2009, o desemprego juvenil mundial atingiu um recorde anual com aproximadamente 75.8 milhões de jovens desempregados, no 2012, temos a maior geração de jovens de todos os tempos”. Pior ainda, se ressaltamos que a crise financeira global com ênfase nos Estados Unidos da América e a Eurozona com altas taxas de desemprego têm tido maior incidência nos jovens: Na Espanha e na Grécia os jovens desempregados passam o 50% e no Portugal e Itália chegou ao 30%. Esta angustiosa situação pode criar, segundo uma opinião experta uma “geração perdida” e trazer um custo humano muito alto nos próximos anos.
Como as cifras dizem mais do que as palavras, “mais de UMA de cada SEIS pessoas no mundo têm entre 15 e 24 anos, um estimado de 1,200 milhões de adolescentes e jovens são os que MENOS atenção recebe dos analistas políticos, provedores económicos e os académicos; mas um número de 880 milhões de pessoas maiores de 60 anos recebe mais atenção”. Por isso, os jovens de todos os cantos do planeta se sentem excluídos e frustrados, e exigem uma mudança no Sistema Político e económico que sejam OUVIDAS a suas legítimas aspirações de ter iguais oportunidades de trabalho. Se os Governos no poder não criam condições favoráveis para uma melhor realização juvenil, o risco de instabilidade política e social será acelerado com reiteradas protestas e conflitos sociais na medida da sua palpitante indignação.
Todos têm visto com estupor e pesar, um concerto ribombante de protestas dos Indignados da Espanha, do Wall Street, a Primavera Árabe, Yo Soy 132 do México, assim como a Caravana da Paz contra o Comercio de Armas Made in USA e a Marcha pela Paz, Chega Já de Assassinatos! do Puerto Rico. Más o certo é, que, este clima de reclamações só têm tido como resposta Reformas e Revoluções do papel ou de palavra que nunca têm sido cumpridas. São reações lógicas contra tantas lições de maldade, de violência assassina, de ideologismos retrógrados e extremistas, e, de corrupção impune. Todos estão cansados de Politiqueira demagoga e mafiosa, de irrestrita especulação financeira causante de Crise sobre Crise, de religiosidade elitista e conveniada, entre outros grandes males que configuram um legado social insano, injusto e pernicioso para as e os jovens de todos os estratos sociais do Planeta.
Somos conscientes do que o desafio dum mundo melhor é de todos. Todos aspiram a viver na paz, liberdade, justiça e vida sana. É responsabilidade do Estado e dos Governos no poder a formulação de Políticas públicas que à luz de uma melhor institucionalidade democrática, de efetivo investimento de infraestrutura e inovação tecnológica para promover o desenvolvimento em paz com emprego produtivo real, onde a produtividade seja o alfa e ômega da Competitividade responsável. Mas também é responsabilidade dos jovens, organizar-se desde o EU INTERNO para construir desde o presente um futuro melhor, com um PLANO DE VIDA claro e ordenado, despertando ao LÍDER que fica dentro a fim de ter progresso no horizonte pessoal e familiar, com deveres bem cumpridos e direitos sempre respeitados.
Perante um mundo complexo, incerto, agitado, mas muito conectado, precisamos cidadãos MENTE ABERTA E VISÃO LONGA, capazes de fazer as “cosas simples extraordinariamente bem”, com habilidades em definir cenários com LUZ PRÓPRIA e realizações práticas com resultados positivos, úteis para a família, à empresa e à Comunidade em geral.
O desafio é grande. Temos por diante a responsabilidade de achar as melhores respostas que nos levem a participar ativamente no processo social que conduza aos jovens a pôr o seu talento e todas as energias necessárias para contribuir a acordar as consciências, descobrir as iniciativas mais adequadas para convertê-las em Planos, Programas, Projetos e ações que viabilizem o desenvolvimento desde o mundo interior das pessoas, como um ato de fé e de responsabilidade social. A propósito, permitam-me, amigos, compartilhar com vocês uma rica historia feita lição com um dos meus SONHOS. Resulta que na algaravia do natal que contagiou a pobres e ricos numa miscelânea de controvérsia que fez sensível a frase PÃO PARA UNS E FOME PARA OUTROS, entre meio acordado e meio dormido, angustiado por uma ambivalência sentimental, no natal, apoderou-se da minha mente, um belo SONHO, sonho que constitui o melhor presente de natal, na toda a minha vida. Sonho que transcende o meu próprio interesse pessoal. Mas pelo respeito do que é um SONHO meu, que é de interesse a muitos outros, sobretudo a aqueles que lutam por viver num mundo em Paz, vou compartilha-lo com vocês.
“Sonhei, que todos os jovens pobres, no natal de 2004, tinham-se reunido na Basílica de São Pedro em Roma, e tinham pedido ao Santo Padre João Paulo II que faça gestões perante Deus, que só por um dia, concretamente o 29 de junho do ano 2006, apelando a sua omnisciência divina, o SOL apagar a sua luz a partir das 12 da noite desse dia e no céu só aparecer uma mensagem luminosa com as seguintes palavras: Em resposta à justa invocação dos jovens pobres do mundo pedindo-me que cesse a violência, as injustiças e as baixas paixões, todos os cidadãos do orbe, se devem comprometer responsavelmente a assinar uma AGENDA HUMANA PELA VIDA E PELA PAZ, assumindo o compromisso pessoal a cambio de acender novamente a luz do sol nesse mesmo dia. E que, no lugar onde se encontrassem, leram com voz alta durante 3 vezes ao dia, os Mandamentos da Lei de Deus, e, complementarmente durante 2 vezes nesse mesmo dia, também leram os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e as Metas definidas ao respeito, para cada país da América Latina. Cumpridas estas dois tarefas e em demonstração duma mudança de mentalidade, em defensa da vida, da dignidade humana, da propriedade, e da justiça, os jovens assumam o compromisso universal de vigiar para que todos os pobres curtam do direito de ter ao menos; PÃO, TETO E CARTILHA: ansiada trilogia humanística para sentir-se bem e viver melhor entre todos os habitantes da Terra”.
Quê belo mensagem! Exclamei, desde a profundidade do meu Ser. Mas os SONHOS SÃO SONHOS. O quê podemos fazer para que a partir deste sonho todos os jovens definam as suas necessidades mais imediatas e a sua vez concretem o Compromisso de construir desde agora e para sempre, um mundo mais justo, mais próspero e mais equitativo? Sonhos mais ação, igual, realidades extraordinárias, falou para nós o conferencista mexicano Miguel Angel Cornejo. É claro. Os sonhos precisam de realidades imediatas para que tenham sentido na vida humana. A historia da vida social está escrita com muita trama inumana, feita contra humanos por humanos. O recomendável e correto é: Sonhar; mas também atuar e transformar. Saber escutar, dialogar, discrepar, tolerar, negociar, concretar, conciliar. Só assim é possível chegar a SER, TER E COMPARTILHAR. Se os jovens aprenderam coletivamente a dialogar, tolerar, conciliar e compartilhar, o mundo seria mais humano e as novas gerações teriam melhor qualidade de vida. |
| |
 |
1.- Que os Governantes no poder cumpram com a sua palavra dada e não defraudem as expectativas dos seus eleitores, nem dos povos. Que as Políticas de Estado respondam às aspirações dos cidadãos para que vivam num clima de paz, solidariedade e equidade, e, pleno exercício democrático, em beneficio comum.
2.- Que os Programas de Governo não consigam só a estabilidade macroeconómica, mas também que apliquem uma Política Económica e social que gere oportunidades de trabalho, fomentando a Micro e pequena empresa dando-lhes financiamento e assistência técnica para que desenvolvam a sua imaginação estratégica e a sua capacidade de realização empresarial, com eficiência e eficácia. Temos que formar uma autêntica REGIÃO DE EMPREENDEDORES.
3.- Que os políticos pratiquem o Diálogo Social com sinceridade e transparência, antepondo perante tudo e entre todos, os sagrados interesses da Pátria e não do seu partido, ou grupo.
4.- Que os Empresários, trabalhadores e o Estado formulem um PACTO pelo Desenvolvimento em Paz, com leis laborais justas e equitativas, compreendendo concreta e responsavelmente que em tanto haja maior e melhor produtividade e produção de qualidade, haverá melhores remunerações e melhores condições de trabalho.
5.- Que os intelectuais criem cultura, arte e literatura, com mensagens construtivas e práticas, que formem consciências libres e lúcidas, capazes de fomentar um pensamento crítico e criativo para tornar-se logo em ações transcendentes.
6.- Que os maestros eduque com a razão, o conhecimento técnico e os valores para que a aprendizagem individual e coletiva tenha efeitos sinérgicos a causa de ensinar com a palavra e com o exemplo.
7.- Que a Igreja Católica e as Igrejas Protestantes promovam o amor a Deus não só com as ideias e ritos de celebração mas também com ações construtivas, procurando que a sua prédica e os seus gestos não confundam às crianças, jovens que estão num processo de aprendizagem e formação humana.
8.- Que os pais não usem o autoritarismo paternal ou maternal, nem o machismo nem o feminismo extremo, e desterrem do lar todo tipo de violência que lesiona a vida familiar e alimenta o caos social.
9.- Que a mídia informe e forme com a verdade. Que dediquem mais espaço à cultura, à arte e aos valores. Nada com o sensacionalismo e o escândalo, que obnubilam as relações humanas, embaçam a visão e transtornam a vida das crianças e jovens.
10.- Que as Organizações não lucrativas, como as Cooperativas, Associações e empresas sociais tenham acesso aos cargos de Direção e Liderança para os jovens, homens e mulheres, respeitando a todo nível a democracia participativa.
|
| |
 |
1.- Acreditar no que a pessoa quer e faz.
2.- Sentir-se bem e dar tudo de si para que os demais sentam o mesmo.
3.- Cuidar a saúde física, mental e respeitar a saúde do próximo.
4.- Poupar na abundancia para gastar na escassez.
5.- Ser empreendedor com ideia própria ou pensada com outros, para desenhar e concretar um Projeto viável e rentável.
6.- Atuar com lealdade e transparência no lar, na escola, na faculdade e na comunidade onde moramos. A lealdade cria sinergias para uma melhor vida, em Paz!
7.- Educar-nos para Ser, até Ter e no justo, Compartilhar. Educar no trabalho para ter um trabalho digno para todos!
8.- Amar a paz e respeitar a vida, a liberdade, o bem-estar à qual têm direito os nossos semelhantes. Pacificar a vida e sentir-se bem com liberdade é o sonho dourado da humanidade que sofre!
9.- Participar nas jornadas pela paz, o desenvolvimento comunal, a gestão Cooperativa e os programas de voluntariado para fazer mais humana a vida de todos.
10.- Reclamar com moderação e altura. Saber escutar até poder fazer que sejamos escutados. Fazer do DIALOGO SOCIAL um arma de CONSENSO para o bem-estar comum.
11.- Ser úteis à sociedade na nossa profissão e oficio. Ficar no lugar dos despossuídos que têm direito de viver em paz.
12.- Fazer da solidariedade humana, um ato honesto e justo, em beneficio comum. Um com Outros. É Outro. E estando UNIDA, a VIDA, para todos, será melhor!
|
| |
Sou consciente do que é muito difícil encontrar respostas efetivas perante a imensidade dos problemas humanos, sociais, económicos, políticos e ecológicos, hoje agitados por uma “tormenta Económica-Financeira perfeita” nas palavras de Nouriel Roubini. Mas algo ou muito tem que ser feito. Primeiramente, temos que “TORNAR-NOS MAIS HUMANOS”. “A humanidade é tudo, aparte dela, não há outra boa esperança” diz o biotecnologista francês Pierre Lacoste. Temos que reagir já!…….. A humanidade da vida assim pede-lo.
A responsabilidade é de todos. Os idosos e os adultos têm muito que ensinar. E em contrapartida, as crianças e os jovens têm muito que aprender. Mas, definitivamente, todos têm que dar e não só exigir. Não só preocupar-nos, mas ocupar-nos. Em conclusão, só na medida em que os jovens sejam bons filhos e bons irmãos, serão bons cidadãos úteis à Pátria e dignos dum futuro sorridente, melhor ainda se é feito em paz. A nossa MISSÃO é árdua embora factível. Com uma visão clara e consciente, o longe horizonte de progresso será um horizonte familiar. Nunca é tarde para empezar esta gigante e bela tarefa: “Construir um mundo mais próspero e mais equitativo".
Ao respeito, é muito ilustrativa, a mensagem prospectiva do Poeta Eduardo Galeano quando foi perguntado: “Para que serve a Utopia?”. A Utopia é como o horizonte. Fico perto DOIS passos e me afasto DOIS passos. Caminho DEZ passos e o horizonte se afasta DEZ passos mais longe. Mas, para que serve a Utopia?, preguntou-se novamente. SERVE PARA CAMINHAR: concluiu rotundamente. É certo, para conquistar o FUTURO, temos que realizar fatos transcendentes, fazendo bem as coisas simples. Por algo ou muito, JOÃO PAULO II falou: “AS UTOPIAS DE HOJE SÃO AS REALIDADES DE AMANHÔ.
O importante é começar e prosseguir. No caminho acomodaremos a carga! |
| |
|
|
|