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ARNOLD ENCOMENDERO DÁVALOS


Ex-membro Titular do Conselho Consultivo (Junta) da ACI-Américas (1995-2009)

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Diretor da Revista Internacional “AMERICA COOPERATIVA”

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Atual Gerente Geral de COOPETROPERU com sede em Lima, Peru.

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Autor de cinco Livros de Pesquisa Profissional Aplicada ao Desenvolvimento das Cooperativas e Economia Social

BIBLIOGRAFIA:

BOOK Ake “Valores Cooperativos para un Mundo en Cambio”. Ed. ACI Outubro 1996

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Mackpherson Ian “Declaración sobre la Identidad y Principios Cooperativos”. ICA Manchester 1995.

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OIT “Recomendación 193 sobre Promoción de las Cooperativas” ACI AMERICAS 2002.

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North Douglas “Marco Institucional para el Desarrollo Económico”. Edição Apoyo, Lima, Peru 1995.

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Rodrígues Roberto “La Segunda Ola Cooperativa” 2001.

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Encomendero Arnold. “La Economía de Mercado y el Desafío de los Valores Cooperativos”. 3ª Edição Nov. 2010. Lima, Peru.

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MAIS INFORMAÇÕES:
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Arnold Encomendero Dávalos
E em: www.arnoldencomendero.com

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por que creer el el cooperativismo
 
DR. ARNOLD ENCOMENDERO DÁVALOS
Intemerata verdade é que a globalização da economia, embora não seja uma peste, tampouco é uma PANACÉIA: a globalização tem causado o nascimento de uma nova onda de concentração econômica e exclusão social. Como resultado dessa contradição política, humana, social e econômica, em 2008 houve uma grande crise financeira internacional que, por não ser resolvida com políticas económicas e financeiras realistas e robustas, faz que hoje estejamos à beira de uma recessão mundial. Ao respeito da dimensão da pós-crise, Kenneth Rogoff , da Universidade de Harvard, afirmou que – em meio da incerteza e obscuridade financeira global – o maior déficit da crise financeira de 2008 não foi no CRÉDITO mais na CREDIBILIDADE, na medida em que os mercados podem se ajustar a uma redução no crescimento global, mas não pode lidar com uma crescente perda de confiança na Liderança e na classe política desconectada da realidade. A particularidade desta crise – destacou – reside precisamente em que converge o crescimento anêmico com o endividamento excessivo. Neste sentido, Bill Cross disse: “O sobreendividamento é apenas um sintoma e a doença é a fraqueza da demanda agregada, ou seja, a falta de consumo ou de investimento”.
Como corolário deste ponto de viragem acadêmica, o economista Nouriel Rubini declarou: "Nunca antes o mundo enfrentou uma crise desta magnitude com líderes tão fracos." A este respeito, o Professor Daniel Rodrik - alarmado por tanta crise governamental no nível dos países desenvolvidos - disse, “talvez pela primeira vez na história moderna, o futuro da economia mundial está nas mãos dos países pobres...”.
 
rol de las cooperativas
A resposta foi dada pelo Sr. Roberto Rodrigues , Ex-Presidente da ACI Mundial, ao dizer “a concentração económica e financeira, e a exclusão social foram os fatores que alimentaram o crescimento das cooperativas em meados do século XIX. Por esta razão, observou, o movimento das cooperativas emerge com força no mundo inteiro tornando-se uma ponte consistente entre o mercado e o bem-estar social, de acordo com o Sétimo Princípio Cooperativo.” Os números falam mais alto que as palavras. Segundo os dados da International Co-operative Alliance (ACI, em português) - global, o Movimento das Cooperativas tem se espalhado por todo o planeta chegando a cobrir cerca de 40% da População Mundial. Hoje, há 800 milhões de pessoas filiadas às cooperativas de todos os tipos e setores, que juntamente com suas famílias atingirão quase dois bilhões de seres humanos, gerando cem milhões de empregos. Estes simples exemplos mostram claramente que a Cooperativa é uma “Oficina de realizações práticas” para alcançar o desenvolvimento em paz, possibilitando que milhões de pessoas saiam da pobreza com seu próprio talento e esforço e valores partilhados por convicção e confiança mútua.” E é que a doutrina e a prática Cooperativa integram a seus membros compartilhando valores, produtos, serviços e dividendos sobre o bem comum. Portanto, reafirmo o que já foi apoiado em meu livro “A Razão Cooperativa”.
 
“Não existe nada no mundo ou outra maneira mais amigável que a ação Cooperativa para fazer uma relação digna e produtiva baseada na solidariedade humana, no interesse solidário; tornando o intercâmbio humano numa transação honesta e honrada, e o Capital Social num valor econômico protegido pela confiança mútua.”
cooperativas
 

Na medida em que esses fatores são reforçados, a contribuição Cooperativa terá uma maior incidência qualitativa e quantitativa. AKE BOOK sustentou acertadamente os alcances dos valores cooperativos, destacando o seguinte: “como o ser humano é imperfeito este só pode atingir seu pleno potencial para o desenvolvimento viável por meio do trabalho em solidariedade com outros seres humanos.”
Com este argumento técnico e prático, é indiscutível – e constitui uma inegável verdade – que a capacidade de mobilização da Cooperativa é útil para uma melhor realização humana, social e econômica como fonte auto-geradora de capital social, graças à confiança moral dos seus membros. Mas também devemos reconhecer que a doutrina e prática Cooperativa esta cercada pelos interesses escuros que minam toda a força solidaria, tais como: O consumo permissivo, o investimento especulativo e anomia. Mas essas sombras nunca poderão apagar a luz da cooperativa que dá brilho a uma vida em paz para o desenvolvimento comum, portanto, a Cooperativa tem uma autodefesa e nós que fazemos uma vida cooperativa, estamos orgulhosos de quem somos e daquilo que fazemos com todas as nossas virtudes e defeitos porque lhes reconhecemos e nos esforçamos para superá-los, desde a aldeia mais pobre até o centro urbano mais modernizado. Além disso, porque a defesa da Cooperativa usa as armas da paz e da ajuda mútua. Nunca usou violência física nem o poder institucional para abrir o caminho na vida social. Jamais as páginas da história da Cooperativa foram manchadas com uma gota de sangue, e muito menos se roubou alguma lágrima das crianças, jovens, adultos, idosos, homens e mulheres com algum gesto ou ato de violência para acelerar o desenvolvimento. Os cooperativistas somos cientes e responsáveis de nosso presente e futuro, e acreditamos que os princípios doutrinários e os benefícios cooperativos não podem ser impostos pela força, nem se pode forçar sua prática de jeito arbitrário de cima para baixo, ou do exterior para o interior, pois a Cooperação é um ato consciente e voluntário, que une recursos pequenos para alcançar economias de escala.

 
cooperativismo
 

E deve ser assim, pois o processo de desenvolvimento cooperativo é tanto real como eficaz; é uma promessa e oportunidade para reforçar a coesão social com inclusão pessoal e associada. Machperson também reconhece: “O movimento cooperativo é o movimento duma promessa perpétua, é um movimento de transformação infinita: nunca fica satisfeito com o que ele tem logrado.”   Neste sentido, a experiência cooperativa local e global mostra-nos que ACREDITAR e CONFIAR na Cooperativa É, e DEVE SER, um ato de consciência. E, a consciência cooperativa é SER e ESTAR de um e com os outros - na presença mútua - de pensar e agir para o bem comum.

Por estas e muitas outras razões, e desde a minha experiência pesquisadora do ser e do agir formal para o desenvolvimento cooperativo dentro da ACI-Américas e fora desta, durante 22 anos de prática de gestão cooperativa e à luz das opiniões dos líderes, consultores, acadêmicos, políticos e líderes de gestão, entendo que existem DEZ BOAS RAZÕES PARA ACREDITAR na Cooperativa, o que nos faz olhar para o futuro não como uma extensão do passado mais como o FUTURO que é e que requer o compromisso de responder eficazmente ante os grandes desafios impostos pela crise e pós-crise financeira global com todas as suas consequências e flagelos, impróprios para uma humanidade que sofre de pobreza e desemprego agravados pela poluição. E pior ainda, uma humanidade aterrorizada pela delinquência que com premeditação, aleivosia e crueldade, não só se dedica a roubar e sequestrar, mas também a matar vidas inocentes, pelo geral. Esta oportunidade é adequada para lembrar a famosa frase do biotecnólogo francês, Pierre Lacoste: “A humanidade é todo, sem ela não existe outra boa esperança.” Em suma, tudo depende dos mesmos homens, que não só precisam se preocupar com a qualidade humana e de sua melhor existência, mas se ocupar dela mesma. Por essa razão, Amartya Sen, Prêmio Nobel de Economia, disse: “No final do dia o HOMEM é responsável de seus projetos e empresas e da manipulação incorreta da economia.” Por esta razão, o Estado não deve ser apenas um BOM REGULADOR, MAS UM EFETIVO Supervisor de troca econômica que ocorre no mercado.



crisis mundial
 

E a pergunta sincera ou irônica dos incrédulos o dos inimigos comuns da doutrina e prática da solidariedade: POR QUE ACREDITAR NA COOPERATIVA? Os Cooperativistas por convicção e de coração “com a mente de gerente e a alma de líder”, segundo foi conceituado por C. Hickman muito “orgulhosos de quem somos e do que fazemos" e damos a seguinte resposta:
ACREDITAMOS E DEBEMOS ACREDITAR NA COOPERATIVA COMO modelo de parceria de benefício mútuo, pelas seguintes razões:

 
1. Porque tem uma unidade ideológica e coerência doutrinária.
2. Porque é um modelo de empresa social focada nas pessoas.
3. Porque forma e acumula capital social para o benefício dos seus membros.
4. Porque permite o desenvolvimento irrestrito e inseparável da liberdade econômica, liberdade
    política e cultural.
5. Porque promove a inclusão social, gerando emprego com empresa individual e associada.
6. Porque institucionaliza a solidariedade humana na promoção do desenvolvimento social e
    econômico sustenido e sustentável.
7. Porque disciplina a poupança familiar para orienta-a aos investimentos e ao desenvolvimento
    inclusivo.
8. Porque funciona bem num quadro de pluralismo econômico
9. Porque correlaciona a liberdade individual com a solidariedade e a justiça social com a
    eficiência econômica.
10. Porque tem um sistema de auto-organização que concilia os valores éticos com a prática
     democrática.
11. Porque promove a re-conceituação do poder, propriedade e organização empresarial em favor
     de uma Economia Solidária.
12. Porque educa as pessoas com miras a um melhor intercâmbio econômico e para criar de
     valor na empresa, com uma gestão transparente e socialmente responsável.
 

Percebemos e reconhecemos que a nossa credibilidade Cooperativa requer dum trabalho local com uma perspectiva global, e, como foi observado por Ian Macpherson, “As cooperativas são mais eficazes quando proporcionam às pessoas um melhor controle sobre suas vidas.” O que é lógico, portanto, concorda com o trilhado dito da dinâmica da cooperativa: “As pessoas são o nosso recurso mais importante.” Dentro deste conceito, a teoria e a realidade confirmam que o desenvolvimento cultural a partir do trabalho cooperativo é como uma “Escola de aprendizagem coletiva” ajuda a elevar a autoestima, cultivar valores e transmiti-los, para construir respeito pelas instituições e integrar a família, empresas e sociedade civil. Mas, ninguém poderá objetar, no atual contexto econômico-financeiro que é angustiante e ganancioso, que o aporte mais valioso da Cooperativa para o pensamento econômico e social, radica em que é uma doutrina aplicada, que tem possibilitado e permite o desenvolvimento irrestrito e inseparável das três grandes liberdades que sempre tem dividido as pessoas: a liberdade econômica, a liberdade política e a liberdade cultural. Este valioso aporte nos faz inferir que o longo procurado desenvolvimento econômico com inclusão e equidade social só pode ser alcançado através de um processo de pluralismo econômico que institucionaliza a coexistência pacífica com regras claras, estáveis e justas para fazer negócios inclusivos comuns, tanto para o mercado interno como para o mercado externo, com transparência, credibilidade e segurança, sem esquecer as palavras de Friedrich Nietzsche. “Não é a força, mas a persistência dos sentimentos elevados que faz os homens superiores.” Se o mundo está sofrendo com tantas crises, é hora de virar essa crise na melhor oportunidade para defender aquilo que é humano na vida e construir o desenvolvimento em paz, recuperando os valores da solidariedade e da ética contra a ambição, a especulação financeira e comercial, violência organizada, ganância e desigualdade social.

COOPERATIVISTAS DO MUNDO:

A Verdade Cooperativa é a sua verdade, a nossa verdade comum... !
Acreditar nela é uma razão para viver... !
Acreditar nela e fazer outros acreditar nela é um compromisso responsável... !
Disseminemos a verdade na mente do MUNDO!

Lima, Peru, Setembro, 2011.

 
 
 
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